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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poesias do meu sertão

Mandacaru

Árvore tipicamente do meu cerrado
Que envolve na magia...
Um encanto bem olhado,
Uma brisa entre os morros surgia
E assim mantendo a direção
Por entre estes versos...
Que mexe com meu coração
Com sentidos inversos.

Ó mandacaru!
Tu que fluorastes na seca,
Mostre-me o caminho da chuva
Porque quero cair na brincadeira
Com os passos da vida
Do amor
Da flor
Da beleza
Da cor.

E assobiar por estas matas
Chamando a água
Para lavar minha alma...
Mas beberei do teu caule,
Mandacaru do meu sertão.

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Macambira

Suas folhas tão longas
Parecem risonhas...
Com espinhos tão dolorosos
Capaz de me deixar deficiente.

Macambiras que vivem unidas,
Todas juntinhas com seu segredo nordestino
Guardado no coração do caboclo...
Somente o teu típico leite
Que o transformo em farinha
Para matar a fome de minha família.

Tu me sustentas nesta imensa caatinga
Como um sol que ilumina
Nossas paisagens perdidas nas sombras
Como a descoberta de uma mina.
Macambira, macambira, macambira...
Plantas tão espinhosa
Que tens o leite da vida
Para a população deste imenso sertão.
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Solo seco


Neste solo tão antigo e profundo
Tento entender o mundo
De como suas raízes do passado fluem
Em um tempo assim tão distante
Onde vestígios são encontrados
Como pilões de pedra e matadouros.

Neste solo tão quente e rachado
Fico meio preocupado
Em descobrir tal caso
Mas sou caboclo
Sou do mato
Não vivo aqui por acaso
Por que é aqui que vivo
Aqui que continuarei vivendo até a morte,
Até que a súbita morte nos separe.
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Desejo

Sinto em mim um forte desejo...
De subir em meu cavalo alado
E correr por este imenso cerrado
Que Deus me reservara
Para que eu possa progredir
E ter uma família e meus filhos...
Uma roça onde possa plantar
Maxixe
Quiabo
Batata
Cenoura
Feijão
Melancia...
E tantas outras coisas.
Que alegria!
Que vontade de viver eternamente!
Todavia fico somente
Num desejo árduo e quente
De viver meus restos de vida
Que ainda me faltam,
Pois sou dessa terra
Filho de Deus
Onde sobrevivo por sobreviver
Em um lugar tão nordestino.
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