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domingo, 28 de junho de 2009

Participação de União em batalhas sangrentas.

foto tirada de http://silvalopes.zip.net/images/212.jpg(localização do Estanhado(hoje União-PI) no mapa onde as tropas itinerárias de Fidié passou)

A história da cidade e de sua gente registram-se muitos fatos que influíram na história geral do Piauí, especificamente a participação nas lutas pela independência. A história oral registra que toda a população pegou em armas demonstrando que o povo de União não ficou de braços cruzados pela libertação do Piauí, porém a história não mostra a participação do povo unionense nas batalhas do Jenipapo e na Balaiada.

União participou da Batalha do Jenipapo, em 1823, a maior luta em terras piauienses pela nossa independência, e da Guerra dos Balaios, quando as forças legais bateram os rebeldes, sob o comando de Ruivo e Pedregulho.

Na Batalha do Jenipapo, União que na época era simplesmente Estanhado teve participação decisiva pela independência do Piauí. Conta – se que o Comando Brasileiro na época em Campo Maior formado por gente simples e humilde, estava à espera do comandante das tropas portuguesas, o Major João José da Cunha Fidié, sabendo que este poderia alterar sua rota ruma a Oeiras, numa tentativa de evitar o confronto com as tropas aquarteladas em Campo Maior, teria ordenado que as tropas sob o Comando do Capitão João da Costa Alecrim ficassem posicionadas em Estanhado (hoje União - PI).

Na tarde de 12 de Março, o comando brasileiro autorizou a ida de um emissário ao Estanhado com a ordem expressa de comunicar ao comandante Alecrim que naquele porto se encontrava em prontidão o rumo que Fidié tomara.
União (Ex-Estanhado) serviu como local de passagem de Fidié onde ficou acampado até 29 de março de 1823 e de lá, atravessou o rio Parnaíba, acampou no Marro das Tabocas, hoje Alecrim, em Caxias – MA, onde foi cercado por piauienses e cearenses, daí se consolidou a nossa independência.

Como se pode perceber, União teve participação decisiva pela nossa independência, no qual o povo unionense deu força na batalha do Jenipapo lutando e morrendo pela nossa liberdade, um povo simples e humilde que estavam empenhados e dispostos por um mesmo ideal: “LUTAR”. Lutar para garantir a independência nacional.

Por ocasião da Balaiada, União foi palco, em 06 Setembro de 1839, de sangrentas batalhas onde as forças aliadas da coroa portuguesa enfrentaram e venceram os separatistas rebeldes, liderados por Lívio Lopes, que fugiam de Caxias-MA e estavam aquarteladas no Estanhado.

Este estudo enfoca um dos movimentos sociais do século XIX conhecido na historiografia como Balaiada, ocorrido do final de 1838 a meados de 1841, no Piauí, Maranhão e Ceará, de um lado, grandes proprietários de terra e escravos, autoridades provinciais e comerciantes; de outro, vaqueiros, artesãos, lavradores, escravos e pequenos fazendeiros - mestiços, mulatos, sertanejos, índios e negros - sem direito à cidadania e acesso a terra, dominada e explorada pelas oligarquias locais que ascenderam ao poder político com a “proclamação da independência” do Brasil.

No Piauí envolveu quase que a totalidade de seus municípios, como Parnaíba, Piracuruca, Campo Maior, Jerumenha, Paranaguá, União, entre outros, ocupados pelos “rebeldes” ou “balaios” - vaqueiros, artesãos, lavradores, pequenos fazendeiros, escravos, índios e mestiços e caboclos - que pegaram em armas contra a ordem vigente. Essas camadas populares marginalizadas da sociedade por um sistema econômico escravista e por uma política centralizadora, conduziram a Balaiada no Piauí para lutar contra as arbitrariedades do Barão da Parnaíba que governava o Piauí desde 1823 de forma autoritária.

Esse foi um dos motivos que levou a participação popular na Balaiada, no Piauí, revolta de fundo social e concreta. Uma manifestação popular desencadeada pelas manifestações populares no Maranhão em dezembro de 1838. O povo unionense derramou seu sangue na Balaiada, onde sua população maior presente na luta eram vaqueiros. Vaqueiros destemidos e dispostos a lutarem. Foi uma revolta de fundo social e concreta. Uma manifestação popular.

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